Podemos manter os ganhos sociais? Os sindicatos dos países ocidentais não podem conceber que tais ganhos duramente conquistados possam ser postos em causa, mesmo que sejam apenas discutidos! Tenho vinte anos de idade e vou mantê-los para sempre!
Os sindicatos não conseguirão aguentar sem alterar a “natureza” do que se ganha. Nas pequenas e médias empresas, os sindicatos devem continuar ou iniciar o diálogo, divulgando propostas que vão no sentido da transparência e de uma distribuição mais equilibrada dos lucros.
Muitas destas empresas estão a atravessar tempos difíceis, e se anteriormente eram sobretudo resistentes a estas ideias, agora, “a necessidade dita”, podem “razoavelmente” compreender o benefício muito importante que poderiam obter.
Todos beneficiariam, os trabalhadores por já não serem apenas números para um empresário que não está interessado em que os empregados metem o nariz no “seu” negócio, os empresários por terem empregados motivados pelo seu negócio e não apenas interessados no seu salário.
Nas grandes empresas e na administração, a luta deve ser intransigente. Qualquer decisão que não vise uma melhor justiça e que seja tomada à custa dos mais fracos deve ser categoricamente rejeitada.
Qualquer mudança no acervo social deve ser feita através de uma troca em direcção a um equilíbrio, a situação económica impõe estas mudanças. Querer preservar a todo o custo os direitos adquiridos ou partilhar o tempo de trabalho é simplesmente continuar a salvar os pequenos privilégios locais, sindicais ou outros, é a utopia de… querer ter 20 anos para sempre!